Assim como as conexões, equipamentos, meios de consumo e hábitos da população mudam, a internet também passa por evoluções. E a mais nova era foi denominada Web 3.0.
Além de novas aplicações de tecnologias, como inteligência artificial e blockchain, essa atualização do ambiente virtual veio para se adequar ao cenário em que o usuário tem maior atuação.
Continue com a gente e entenda o que é a Web 3.0, o que muda em relação às versões antigas e como a IA é aplicada.
O que é a Web 3.0?
A Web 3.0 é a nova versão da internet. Essa fase foi constituída para alinhar máquinas e usuários, tornando o ambiente digital descentralizado — porém, com novos métodos de segurança.
Esse termo foi utilizado pela primeira vez em 2001, em um artigo de Tim Berners Lee, Ora Lassila e James Hendler.
Essa reformulação dá ao usuário mais controle sobre seus dados, conteúdos que deseja visualizar e sobre a sua privacidade. No entanto, esse não é um conceito que ainda será aplicado.
Também chamada de Web semântica ou de Web Inteligente, já vem sendo utilizada e está em constante evolução conforme novas tecnologias e conceitos entram em ação, como o Metaverso.
Como funciona a Web 3.0?
A Web 3.0 funciona a partir de dados e metadados interconectados que trocam informações entre bancos de dados.
A partir disso, os usuários têm atuação mais ativa no desenvolvimento de aplicações, e não somente no uso delas. Essa é a era da descentralização e do código aberto.
O objetivo da Web 3.0
O objetivo principal da Web 3.0 é resolver problemas relacionados à privacidade, recuperação de dados, localização e interpretação semântica das informações por meio de inteligência artificial.
Ou seja, tornar o universo da internet cada vez mais inteligente.
A evolução da Web
A Web já passou por duas outras eras, sendo as suas principais diferenças e evoluções:
- Web 1.0: início ainda imaturo da internet, caracterizada com foco na leitura e sendo utilizada predominantemente por empresas;
- Web 2.0: início do desenvolvimento de aplicativos e atuação do usuário, mas ainda sem muito controle de dados e privacidade
- Web 3.0: foco nos usuários, recursos avançados de privacidade de dados e segurança, além de funções e dispositivos cada vez mais inteligentes.
O que muda e como a Web 3.0 revolucionará a internet?
Aqueles que usam a internet há muito tempo, sabem que a experiência de navegação mudou muito ao longo dos anos.
Em resumo, a Web 1.0 era conhecida como uma internet que gerava grande quantidade de informações. A partir disso, as pessoas visitavam essas páginas, mas não conseguiam interagir, contribuir nem refletir sobre o conteúdo.
Já na Web 2.0, os usuários passaram a participar, interagir e até mesmo produzir conteúdo (com alguns limites de interação).
Assim, a Web foi transformada em uma ferramenta de pesquisa e espaço para encurtar a distância entre as pessoas. Parte disso foi graças à conexão portátil gerada pelos smartphones e notebooks.
Embora a Web 3.0 seja tratada como algo do futuro, é nítido que estamos vivendo e sentindo a evolução dessa transição. Principalmente tendo em vista que os principais conceitos dessa nova era já estão sendo usados, como IA, criptomoedas e machine learning.
Portanto, o principal ponto que muda com a Web 3.0 é a concessão da maior liberdade de criação e exploração do usuário. Ações essas que permitem mais controle de propriedade.
O futuro dos chatbots com a Web 3.0
Tendo em vista que a Web 3.0 é baseada em dados, metadados e softwares, uma de suas grandes vantagens é que uma pequena equipe poderá fazer avanços e mudanças significativas dentro de um time. Isso inclui chatbots de atendimento ao usuário de forma cada vez mais personalizada.
Com a chegada da Web 3.0, os chatbots não se comunicarão apenas em textos, mas serão ajustados para manterem contato e qualquer mídia apropriada, se infiltrando de várias maneiras.
Além disso, com diálogos mais curtos e semânticos, onde os bots terão consciência contextual.
Aplicações da Inteligência Artificial na Web 3.0
Uma das bases do funcionamento da Web 3.0 é a Inteligência Artificial. A união de máquina, usuário e IA resulta em processos e melhorias.
Veja as principais.
Descentralização
Uma das principais características da Web 3.0 é a descentralização. Isso fará com que os usuários tenham mais transparência e privacidade no processamento de dados.
Uma das principais mudanças e aplicações da IA nesse sentido já é bem evidente: qualquer pessoa poderá se tornar parte ativa na rede.
Não somente produzindo conteúdo, mas na criação de toda a infraestrutura de dados e criação de softwares. Parte disso é feita por uma evolução nos métodos de programação, chamados de no-code ou low-code.
Metaverso
Uma grande e marcante novidade na Web 3.0 é que, à medida em que as experiências de realidade virtual evoluem, a chegada de um universo tridimensional com o metaverso também é notória.
Essa é uma realidade que já vem mudando a forma como as pessoas interagem e criam os seus próprios universos — sendo que parte disso é feito pela Inteligência Artificial.
Segurança de dados
Um dos pontos mais relevantes sobre a Web 3.0 é a segurança de dados e a aplicação da LGPD.
Trata-se de uma tecnologia de armazenamento de dados que desenvolve sistema descentralizado e à prova de violações. Dessa forma, o “controle” não será feito somente por empresas.
Machine Learning
Não podemos falar sobre inteligência artificial na Web 3.0 sem explicar um pouco mais sobre Machine Learning.
Essa é a capacidade dos sistemas de computação aprenderem com as suas buscas, experiências de usos e interações com usuários.
Um exemplo disso são os próprios chatbots e softwares de processamentos de dados, que se tornam cada vez mais experientes com as informações que processam.
A expectativa é que com a chegada da Web 3.0, ocorra um avanço da IA. A partir disso, a tendência é que surjam novas soluções de machine learning e processos conduzidos sem a interferência humana.
Agora que você já entendeu o conceito da Web 3.0, entenda mais sobre a nova realidade do Metaverso e como essa realidade vem mudando as interações humanas no ambiente virtual.